terça-feira, 2 de junho de 2009

Teatro "Gopis"

Radha e Krishna em Vrindavan


Apresentador (em contacto directo com o público) dá uma explicação de que tudo o que existe é uma obra de Sri Krsna e que todo o ser humano deve ter uma apreciação pelas facilidades que Deus, Krsna, criou para a nossa vida na forma de luz, água, sol, etc. Entretanto, para amar essa pessoa maravilhosa, temos de conhecer mais intimamente a sua personalidade e actividades. Hoje vai falar-se de um incidente que, entre outros, provocaram a vinda de Sri Krsna como seu devoto - Sri Caitanya Mahaprabhu.

Cena 1


Narrador: Há muito tempo atrás, na aldeia de Vrindavan, Srimati Radharani e as suas amigas, as gopis, estavam a fazer preparativos para receber Sri Krsna.
(Rada e as gopis entram em cena, cantando Jaya Krsna, jaya Krsna, Krsna, Jay Krsna, jay Sri Krsna)
Vishakha: Oh Radhe! Estás tão bonita! Certamente que Krishna ficará muito contente ao ver-te.
Radha: Oh Krsna! Krsna! Minhas queridas amigas, onde está Krsna afinal? Não devia já estar aqui, no meu bosque?
Lalita: Sim, minha querida Radha, creio que Krishna está um pouco atrasado!
Vishaka: Um pouco é favor! Não sei porque é que está a demorar-se tanto! Talvez tenha acontecido alguma coisa. Oh Radhe, acho por bem que envies uma mensageira à sua procura.
Radha: Sim, minha querida amiga, é uma excelente ideia. Estou a ficar muito preocupada, será melhor chamar uma mensageira o mais rápido possível.
Mensageira (aparece em cena): Minha querida Radha, aqui estou eu, mais rápida que o vento, para satisfazer os teus desejos e servir-te.
Radha (suplicando): Minha querida gopi, por favor, peço-te, procura em todos os recantos da floresta de Vrindavan. Preciso de saber onde está Krsna.
Mensageira: Minha querida Radha, os teus desejos são ordens. Não te preocupes, voltarei de seguida com novidades.
(gopis saem de cena)
Mensageira (aflita): Krsna! Krsna! Por favor aparece! Ai, ai, ai! Onde está Krsna? Já percorri quase toda a floresta e não consigo saber nada dÉle. Estou a ficar aflita. Como posso aparecer diante de Radhika sem cumprir a minha missão. Oh! O que é isto? Parece que estou a ouvir passos, será Krsna?
Gopi (apanha um susto) Oh! Que susto! Mas de onde apareceste tu? O que estás a fazer aqui? Este bosque pertence a Candravali. Quem te deu autorização para entrar?
Mensageira (orgulhosa): Minha querida gopi, para tua informação eu estou a cumprir uma missão muito importante!
Gopi: Uma missão muito importante. Hum! Estou muito curiosa acerca dessa tua missão. Não podes dizer-me qual é?
Mensageira: É, poder eu posso, mas estou a ver que tu és uma gopi do grupo inimigo e por isso podes ter a certeza que nunca te direi que a minha missão é procurar Krsna, para satisfação da minha querida Srimati Radhika.
Gopi (trocista): Ó sua tola, estou a ver que com essa inteligencia não foste capaz de perceber que Krsna está com Candravali! Agora vai-te embora daqui e diz à tua Gopi que Krsna está muito bem acompanhado!
(Gopi do grupo de Candravali saí de cena)
Gopi: Uma missão muito importante. Hum! Estou muito curiosa acerca dessa tua missão. Não podes dizer-me qual é?
Mensageira: É, poder eu posso, mas estou a ver que tu és uma gopi do grupo inimigo e por isso podes ter a certeza que nunca te direi que a minha missão é procurar Krsna, para satisfação da minha querida Srimati Radhika.
Gopi (trocista): Ó sua tola, estou a ver que com essa inteligencia não foste capaz de perceber que Krsna está com Candravali! Agora vai-te embora daqui e diz à tua Gopi que Krsna está muito bem acompanhado!
(Gopi do grupo de Candravali saí de cena)
Mensageira: Não posso crer! Agora, o que vou eu dizer às minhas queridas amigas? Radharani vai ficar muito zangada... e eu queria tanto levar-lhe boas notícias. Mas que triste, é por vezes, o destino de uma mensageira!
(Aparece Vishakha e Lalita)
Visakha: Ah! Vejo que a mensageira está a chegar. Radhe! Radhe!
Radha(limpando as lágrimas):Sim, minha querida Vishakha...
Vishakha:Por favor Radhe, acalma-te... Chegou a mensageira e concerteza vai dizer-nos algo sobre Krsna. Não precisas de chorar mais!
Radha (dirigindo-se à mensageira):Oh minha querida gopi, não imaginas como fico contente ao rever-te! Agora que chegaste nasceu uma nova esperança no meu coração, pois tenho a certeza que me trazes notícias de Krsna.
Mensageira: Bem, na verdade, eu trago notícias, só que não são muito boas...
Radha(aflita): O quê? O que dizes? Aconteceu alguma coisa a Krishna? Magoou-se, está doente? Por favor, diz-me diz-me...
Mensageira (chora): Oh Radhe, eu fui à procura de Krsna, como tu me pediste, mas sem saber, entrei no bosque de Candravali. De repente apareceu uma gopi... apanhou um valente susto quando me viu, mas logo de seguida me deu a pior das notícias: Krishna está com Candravali!
Desculpa! Não queria trazer-te estas notícias mas não posso mentir-te!
Radha (furiosa): Oquê? Krishna está com Candravali? Como se atreve! Ele não merece que chorem por ele! Vou limpar todas as minhas lágrimas! Lalite! Vishakhe!
Vishakha: Sim, minha querida amiga...
Radha (muito furiosa): Quando o filho de Nanda Maharaja aparecer, barrem-lhe o caminho e não o deixem entrar no meu bosque! Eu não o quero ver nem pintado de ouro! Se ele pensa que me engana!Por favor, façam o que vos digo.
(Radha sai de cena, Lalita e Vishaka caminham em frente, até à entrada do Kunja)
Visakha: Ah! Vejo que a mensageira está a chegar. Radhe! Radhe!
Radha (limpando as lágrimas):Sim, minha querida Vishakha...
Vishakha:Por favor Radhe, acalma-te... Chegou a mensageira e concerteza vai dizer-nos algo sobre Krsna. Não precisas de chorar mais!
Radha (dirigindo-se à mensageira):Oh minha querida gopi, não imaginas como fico contente ao rever-te! Agora que chegaste nasceu uma nova esperança no meu coração, pois tenho a certeza que me trazes notícias de Krsna.
Mensageira: Bem, na verdade, eu trago notícias, só que não são muito boas...
Radha(aflita): O quê? O que dizes? Aconteceu alguma coisa a Krishna? Magoou-se, está doente? Por favor, diz-me diz-me...
Mensageira (chora): Oh Radhe, eu fui à procura de Krsna, como tu me pediste, mas sem saber, entrei no bosque de Candravali. De repente apareceu uma gopi... apanhou um valente susto quando me viu, mas logo de seguida me deu a pior das notícias: Krishna está com Candravali!
Desculpa! Não queria trazer-te estas notícias mas não posso mentir-te!
Radha (furiosa): Oquê? Krishna está com Candravali? Como se atreve! Ele não merece que chorem por ele! Vou limpar todas as minhas lágrimas! Lalite! Vishakhe!
Vishakha: Sim, minha querida amiga...
Radha (muito furiosa): Quando o filho de Nanda Maharaja aparecer, barrem-lhe o caminho e não o deixem entrar no meu bosque! Eu não o quero ver nem pintado de ouro! Se ele pensa que me engana!Por favor, façam o que vos digo.
(Radha saí de cena, Lalita e Vishaka caminham em frente, até à entrada do Kunja)

Cena 2

(Entra Krsna, cabisbaixo)
Krishna: Bem, acho que estou um bocado atrasado...
Vishakha (trocista): Atrasado? Atrasado para quê?<
Krishna: Ora, minha querida Vishakha, creio que estou atrasado para o meu encontro com Radha.
Vishakha (ainda mais trocista): Talvez para a próxima possas sair um pouco mais cedo do bosque de Candravali...
Krsna (embaraçado): Umm... ummm...Minha querida gopi, quem te disse tão grande mentira?
Lalita(furiosa): Se a mentira fosse música, serias um saxofone! Bem se vê, na tua cara, o teu ar culpado! Para além de isso, sabemos de uma fonte ultra secreta, que estavas acompanhado por Candravali e as suas amigas.
Krsna: Mas eu... Na verdade apenas me dirigi ao bosque de Candravali para informá-la que a minha vida e alma é Srimati Radhika!
Vishakha: Como posso eu acreditar em ti Krsna? Deixa que te diga que a minha querida gopi está farta de chorar por tua causa... Hoje por causa disto, amanhã por causa daquilo... Que desculpas terás tu mais para inventar? Mas fica a saber, hoje, Radha não chorará mais por ti, ela proibiu-te de entrar no seu bosque!
Krsna: Mas Vishaha, se não me deixam entrar vou ficar muito triste e vou chorar muito!
Vishakha: Não me impressionas com a tua lamentação. krishna! Fica a saber que tal como Radha está a chorar por ti, também tu, no futuro, tu terás de chorar por ela.
Krsna: Mas, mas, eu...
Vishakha: Cala-te e vai-te embora, e lembra-te se não queres ir a bem, vais a mal!
Lalita: Sim, vai-te embora!
(Vishakha e Lalita viram costas a Krsna e desaparecem)

Cena 3

Krsna (chora caminhando): Oh! Mas que tristeza a minha, como posso viver sem olhar a face de Radha... Como vou eu aguentar estar longe dela?O Radha! Radha! Por favor, aceita-me!
(Krsna começa a cantar Jay Radhe Jaya Radhe Radhe Jaya Radhe Jaya Sri Radhe e chega à beira do Rio Yamuna)
Krishna: Oh Yamuna, estou tão triste. Quem me pode aliviar este sofrimento? Sem ver a Radha eu não posso mais viver, nem respirar, nem caminhar, nem outras palavras acabadas em ar, como falar, dançar, cantar, e a minha flauta tocar!
(Krishna chora muito alto)
Yamuna (agitando as suas ondas): Krishna! O que se passa?
Krishna (lamentando-se): Minha querida Yamuna devi, nem sabes o que me aconteceu...
Yamuna (aflita): O que te aconteceu, Krishna? Porque choras tanto?
Krishna(chora): Oh Yamuna! Radha não me deixa entrar no seu jardim porque me encontrei com Candravali e cheguei tarde ao encontro com ela.
Yamuna (Chora): Oh Krishna, não chores, porque se tu choras, eu também choro, e então todas as gotas de água que vivem no meu leito vão começar a chorar, e vai criar-se uma grande inundação de lágrimas que será uma desgraça para as pessoas da aldeia e para os bichinhos da floresta. Estás a ver, já estou a transbordar de água e a molhar toda a gente!
(manda-se água para cima do público)
Krishna: Minha querida Yamuna, eu bem gostaria de parar de chorar, mas não consigo. Por favor, alguém me ajude! Não sei mais o que fazer!
Buuuuuuuuuuhhhhhhhhhhhhhhh! (Choro Colectivo)
(aparece em cena Vrinda Devi)
Vrinda devi: Quem está a chorar desta maneira, aqui, à beira do rio Yamuna?
Krsna (choroso): Sou eu, Krishna! Buuuuuhhhh!
Vrinda devi (admirada): Krishna! Quase que nem te reconheço, assim, lavado em lágrimas.
Krsna: Minha querida Vrinda devi, as gopis proibiram-me de entrar no bosque de Radharani!
Vrinda devi: Oh! Krishna proibido de entrar no bosque de Radha? Como pode ser isso? Ai Krishna, Krishna! Com certeza andaste a fazer das tuas. Por que razão te proibiram as gopis de entrar, assim, sem mais nem menos?
Krishna (envergonhado): Bem, eu, eu...
Vrinda: Tu oquê, Krishna?
Krishna: Pronto. Eu digo. Eu fui muito mauzinho! Na verdade a culpa é toda a minha, porque se eu não tivesse ido ao bosque de Chandravali, estaria agora com a minha querida Radha. E agora estou neste estado, quase a morrer de tristeza! Buhhhhhh!
Vrinda: Oh Krishna! Quero ver com que corda vais atar este sapato! Certamente que te terei de dar uma ajuda. Deixa-me pensar... o que poderemos nós fazer...
Krishna: Despacha-te a pensar, por favor, estou a sofrer muito!
Vrinda devi: Oh Krishna, como queres tu que eu pense numa solução contigo a gritar dessa forma? Por favor, acalma-te!
Krishna: Está bem.
Vrinda devi: Ora bem, não será fácil, nada fácil, mas deverá haver alguma forma. Deixa cá ver. Não, assim não pode ser. Assim também não e assim tão pouco...
Krishna (impaciente): Então?
Vrinda devi: Por favor Krishna, deixa-me pensar sossegada!Ora deixa cá ver... É ISSO! JÁ TENHO A SOLUÇÃO!
Krishna: Ai! Não me digas que descobriste uma forma de convencer radha a deixar-me entrar no seu jardim!
Vrinda devi: Isso mesmo! Este plano não pode falhar! Escuta com atenção, a minha ideia genial!
Krishna: Minha querida Vrinda devi, sou todo ouvidos!
Vrinda devi: Meu querido Krishna, todos sabemos que és o vaqueirinho mais atractivo de Vrindavan. O teu belo sorriso, o teu cabelo negro encaracolado, a pena de pavão que decora o teu turbante, a tua linda pele azulada, a tua roupa amarelo brilhante, a tua flauta melodiosa são um festival para os olhos de todos os habitantes de Vrindavan, mas hoje, meu querido Krishna, terás de desistir de tudo isso.
Krishna: Mas, Vrinda Devi!
Vrinda devi: Escuta muito bem Krishna: Terás de Raspar a cabeça, vestir uma roupa cor de açafrão, trocar a tua pele azulada por uma pele de cor dourada e abandonar a tua flauta e pena de pavão.
Krishna: Muito bem, Vrinda devi. Se achas que assim poderei rever Radharani, estou disposto a abandonar tudo. E é já!
(Trocar Krsna por Caitanya Mahaprabhu)
Vrinda devi: Oh!
Krishna: Achas que com este disfarce Radharani me deixará entrar no seu jardim?
Vrinda devi: Eu não acho! Tenho a certeza! Agora toma atenção: Deves caminhar na direcção do bosque de Radharani. Uma vez lá, dizes a Lalita e Vishakha que és um homem santo, um mendicante, na ordem renunciada da vida, mas não as deixes saber que o que realmente estás a mendigar é o amor de Radharani! Diz-lhes que Deus te deu o dom de ler o futuro nas linhas da testa e pede-lhes para ver Radha.
Krishna: Oh! Vrinda devi! Estou-te eternamente agradecido! Se não fosses tu, teria já abandonado o meu corpo, aqui, às margens do Yamuna.
(Vrinda devi saí de cena)

Cena 4

(Krishna vai cantando os nomes de Radha pelo caminho, mas quando vê as gopis cala-se imediatamente)
Sannyasi (dirigindo-se para Lalita e Vishakha): Minhas queridas gopis, é aqui a entrada do bosque de Radharani?
Vishakha e lalita (tristes): Oh sim, aqui é a entrada do bosque de Radharani.
Sannyasi: Mas, minhas queridas gopis, o que se passa, porque estão tão tristes?
Vishakha: Como podemos estar felizes quando o único motivo da nossa existência, Radha, se o seu coração se encontra agora perdido em regiões distantes?
Sannyasi: Radharani sofre? Mas qual é o motivo?
Vishakha e lalita (tristes): Krishna, sempre Krishna. O filhode Maharaj Nanda.
Sannyasi: Eu creio que posso ajudar a vossa amiga...
Vishakha: Oh sannyasi Thakur, não há nada a fazer. Radharani entrou num estado mental contraditório. Por um lado, não quer ver Krishna, por outro, sofre por ele não estar presente diante dela! A sua face está pálida e o seu olhar perdeu a expressão. Não come, não dorme e não fala.
E nós, que somos as suas queridas amigas, não podemos mais aguentar esta situação. (começam a chorar)
Sannyasi: Acalme-se minhas queridas gopis. Eu creio que posso ajudar-vos.
Vishakha e lalita: Duvido. Como?
Sannyasi: Na verdade, eu posso prever o futuro e estou certo que as minhas previsões poderão trazer algum alívio ao coração da vossa amiga.
Vishakha: Nós vivemos para ver Radha feliz, caso contrário, somos como flores murchas no deserto. Por isso, reverendo sannyasi, gostariamos, para alívio de todos, que desvendasses o futuro de Radha e assim, com as tuas palavras sábias, que cortasses a raiz do seu sofrimento. Por favor, vem connosco. Nós levamos-te até Radha.
(aparece Radha)
Vishakha: Minha querida Radha, trouxe-mos até aqui este homem santo. Ele diz-se capaz de prever o futuro. Pensamos que poderá ajudar-te...
Radha (voz de sofrimento): Meu querido Sannyasi, não creio que nada neste mundo possa aliviar o peso que sinto no meu coração. Mas, por respeito à tua personalidade santa, permitirei que leias o meu futuro. Aqui tens a minha mão.
Sannyasi: Oh! Não.. Eu não sei ler o futuro nas linhas da mão. A minha especialidade é ler as linhas da testa.
Lalita: Não pode ser. Radha não mostra a sua face a mais nenhum homem, além de Krishna.
Sannyasi: Bem, sem que removam o véu, não poderei fazer nada! Oh minhas queridas gopis! Eu sou um homem santo! Para mim não há diferença entre um homem, uma mulher, um elefante, uma vaca, um Brahmana ou um cão, pois em cada um destes seres eu só vejo a presença de Deus e nada mais! Eu não sou um homem comum. Podem remover o véu da vossa amiga e ficar tranquilas quanto a isso.
Radha: Muito bem, falando palavras sábias, provaste a tua santidade. Por essa razão, vou remover o meu véu, para que possas ler as linhas da minha testa.
Sannyasi: Muito bem!
(Radha remove o véu e ambos soltam um grito de admiração quando olham um para o outro)
Narrador: Ao ver a face de Radha, cuja beleza supera a do lotus florido ao luar, Krishna não pode aguentar mais o seu disfarce!
(Troca de fantoches, sannyasi por Krishna)
Krishna (olhando para Radha): Minha querida Radha, um segundo sem ti é como uma eternidade!
Radha (olhando para Krishna): Meu querido krishna, porque demoraste tanto?
(O teatro termina com um festival em que todos vão dançar a música "jaya radha, jaya krsna, jay vrindavan")

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