quarta-feira, 3 de junho de 2009

Conclusão do projecto

O nosso grupo decidiu dividir este relatório em duas partes, a primeira tratará de explicar as actividades deste último período com base nas actividades que se encontram no blogue (ponto a ponto) e a segunda destina-se a explicar o projecto de um modo geral.

Relativamente a este período pensamos que o trabalho correu muito bem a ponto de considerarmos que houve uma evolução a nível qualitativo e quantitativo do trabalho ao longo do ano lectivo. Isto pode ser confirmado através do nosso blogue (http://grupo2ap2008.blogspot.com) no tópico “Diário de bordo (3º Período)” que é constituído por 33 pontos de actividade e no tópico “Tarefas realizadas no 3º Período” cuja constituição corresponde a 45 actividades. Em relação ao diário de bordo gostaríamos de salientar que este esteve alojado no blogue acima mencionado ao longo do ano o que nos facilitou a organização e estruturação do trabalho e do seu desenvolvimento, uma vez que podíamos actualizar e visualizar a informação de uma forma muito intuitiva. O tópico “Tarefas realizadas no 3º Período” também nos foi muito útil para termos uma noção do trabalho que íamos realizando a fim de estabelecer comparações com o trabalho dos restantes períodos.

Outro ponto importante para o nosso trabalho foi a elaboração de um novo fato de dança que um dos elementos do grupo (Sara Duarte) vestiu no dia do festival. Inicialmente tínhamos escolhido um outro tipo de fato, mas acabámos por concluir que este não correspondia aos nossos requisitos. Foi com base nesta situação que contactámos uma costureira profissional que se disponibilizou a elaborar-nos o fato gratuitamente. Associado a este tópico estão as aulas de dança bem como os acessórios necessários para a sua realização. A dança estava dividida em dois tipos, Bharata Natyam e Khatak pelo que um dos elementos do grupo acabou por dançar o estilo Khatak, deixando o outro tipo para uma professora de dança. As aulas de dança foram muito divertidas, mas ao mesmo tempo muito intensas e cansativas pois estamos a falar de um tipo de dança milenar que exige um grau muito elevado de concentração e disposição física. Os acessórios de dança não foram fáceis de encontrar pelo que tivemos que os mandar vir da Índia o que se tornou um pouco dispendioso.

Ao longo deste período realizámos várias reuniões com os membros do Conselho Executivo bem como alguns contactos com entidades e pessoas cuja participação no Festival era bastante relevante. As reuniões com o Conselho Executivo permitiram estabelecer novos objectivos e sugeriram a desistência de outros, uma vez que o avanço do nosso projecto dependia da análise e consequente aprovação dos nossos ideais por parte deste último. De referir ainda que os membros do Conselho Executivo foram muito prestáveis connosco, uma vez que apoiaram grande parte das nossas ideias, chegando mesmo a fazer novas e aliciantes sugestões. Com relação aos contactos estabelecidos confessamos que foi uma das partes menos agradáveis do nosso trabalho pois não tínhamos meios financeiros próprios para realizar as chamadas e faxes enviados daí termos que passar algumas horas, ao longo de uma semana, no PBX da escola a manter conversas que nem sempre estavam de acordo com os nossos objectivos, quer isto dizer que nem sempre tivemos respostas favoráveis por parte das entidades contactadas como é o caso da Associação Lusa de Ioga, da qual falaremos mais à frente neste relatório

Um outro ponto importante foram os locais visitados que consideramos importantes para o projecto como é o caso do café e bar Tuareg, a loja e restaurante Espiral, a Embaixada da Índia e o restaurante da ISKCON. De entre as instituições visitadas apenas tivemos a contribuição dos dois restaurantes que nos facultaram os artigos a expor no Festival em troca de patrocínios aos mesmos. Quanto ao café e bar Tuareg, este não se mostrou interessado em participar no nosso projecto, ponto que também está devidamente explicado no nosso blogue (“Ida ao Tuareg”). Já a Embaixada da Índia mostrou-se bastante favorável ao nosso pedido (álbuns fotográficos, cartazes, entre outros artigos relativos à Índia), mas, por motivos de falta de tempo e dificuldade a chegar à Embaixada, (três tentativas em vão, uma vez que foi bastante difícil chegar ao local via transportes públicos por falta de conhecimento do local) acabámos por não usufruir da sua ajuda.

Por fim, e não menosprezando a quantidade de informação que se segue, faremos um resumo de todos os produtos e sub-produtos do nosso projecto, como por exemplo, visita de estudo, almoço vegetariano, maquete, flyers, site, blogue, documentário e festival.

A visita de estudo foi realizada no dia 11 de Maio e, tal como previsto, o grupo 2A, juntamente com a o resto da turma e o professor de Sociologia Abílio Barroso, deslocou-se a Telheiras e a Alcântara a fim de visitar a Comunidade Hindu de Portugal e o Museu do Oriente. Às 08:30h todos os alunos (excepto o André Machado que apareceu mais tarde) estavam à porta da escola prontos para iniciarmos a visita. A ideia era sairmos da escola às 08:30h para estarmos na Comunidade Hindu de Portugal às 09:15h e assim foi.

Depois de apanhar o metro até ao Campo Grande seguimos para Telheiras no autocarro nº 78 com destino ao Paço do Lumiar (alguns alunos preferiram ir a pé), saindo na penúltima paragem, mesmo em frente ao Templo.

Assim que chegámos um dos elementos do grupo efectuou um breve discurso aos alunos pedindo-lhes para se descalçarem e para fazerem silêncio enquanto estivessem dentro do Templo. De seguida procurámos a Sra. responsável pela visita guiada pelo que a iniciámos por volta das 09:25h. Os alunos entraram no templo (à excepção do Francisco Coelho que argumentou não entrar no Templo por pertencer a outra religião, pedindo a compreensão de todos...) e não perturbaram ninguém, nem fizeram barulho. A visita acabou por volta das 10:00h e foi bastante engraçada, uma vez que ficámos a conhecer outra religião e elementos culturais diferentes dos nossos, talvez por isso os alunos tenham feito bastantes perguntas pertinentes. A explicação da Sra. que nos guiou durante a visita foi muito introdutória o que facilitou a compreensão e atenção do público. Depois da visita terminar e de se esclarecerem algumas dúvidas agradecemos a mesma e seguimos para o Campo Grande com destino a Entrecampos, pelo que, durante esta viagem, pedimos a toda a gente o valor de €2, a fim de organizar o pagamento da próxima visita.

Já neste último local apanhámos o autocarro nº 38 com destino ao Alto de Sto. Amaro (alguns alunos preferiram ir de comboio) com destino a Alcântara chegando lá por volta das 11:15h.
A visita ao Museu do Oriente foi particularmente brilhante porque tivemos a sorte do ter um guia fantástico! O que nós pensámos à partida que ia ser um aborrecimento foi, ao invés, uma experiência muito divertida e enriquecedora. O guia conseguiu prender a atenção dos alunos através de uma visita bastante formal com um discurso quase semelhante ao da nossa idade e entre amigos o que fomentou e facilitou não só a participação dos alunos como também a compreensão dos conteúdos por toda a gente. Nesta visita houve um grande dinamismo entre alunos e guia (uma vez que este ia fazendo várias actividades connosco, desde permitir que nos sentássemos no chão, fazer-nos pensar e expor oralmente o nosso pensamento acerca de qualquer ponto em questão permitindo comparações e conclusões facilmente entendidas, até comparar imagens e deuses expostos no museu a alguns alunos a fim de estes se porem na pele dos deuses e perceberem a história como se fosse algo proveniente deles mesmos) sendo que as dúvidas iam sendo esclarecidas à medida que surgiam. De um modo geral os alunos mostraram-se muito satisfeitos com esta visita de estudo, lamentando a falta de alguns colegas da turma que se ausentaram aquando do fim da primeira visita.

Quando a visita terminou, as duas responsáveis pelo projecto visitaram a loja do museu a fim de descobrirem novas ideias por entre as almofadas e artigos expostos voltando para casa de autocarro com um grupo de alunos, sendo que o outro grupo de alunos se deslocou para casa de comboio.

Ficámos muito satisfeitas com esta visita de estudo, até porque nos permitiu compreender melhor alguns aspectos que estamos a tratar no nosso trabalho e permitiu também que a nossa turma tenha uma ideia do tema do nosso projecto e que fique esclarecida acerca dos vários pontos que também vamos apresentar no dia do festival.

Apesar de o grupo 2B não ter referido na sua apresentação oral do trabalho de Área de Projecto a participação conjunta com o nosso grupo na realização do almoço vegetariano (bem como a palestra levada a cabo no 2º Período), tomámos a liberdade de o referir neste relatório. Relativamente ao almoço, os grupos 2A e 2B finalizaram no dia 29 de Abril de 2009 o projecto que mantiveram em comum o ano inteiro. Nesse dia realizámos um almoço vegetariano na R. Dona Estefânia, 91 a fim de divulgar o vegetarianismo. O almoçou custou 6 euros e incluía sopa de cenoura, almôndegas vegetarianas com molho de tomate, salada com maionese e legumes, bebida e sobremesa (mousse de pêssego).

Esta última fase do projecto correu bastante bem, tudo estava organizado e bem pensado: juntámos o dinheiro necessário até um dia antes do almoço (28/04/09) para que não houvesse falhas no pagamento das refeições, contactámos o espaço para reservar as mesas para cerca de 15 pessoas, pedimos arroz sem côco e mantivemos contacto com o gerente para que nada faltasse. Assim que chegámos pagámos logo as refeições e sentámo-nos à espera da refeição tal como nos haviam dito. Enquanto professores e alunos almoçavam alguns membros do grupo iam tirando fotografias para expor nos respectivos blogues e sites. O balanço final desta actividade foi muito positivo, também graças à colaboração dos nossos professores e colegas a quem, desde já, agradecemos, (Prof. Emanuel Frade, prof. Abílio Barroso, prof. Carlos Chora, Leonor Costa, Catarina Gomes, João Pinho, Bruno Alves, Miguel Ramos, Filipe Pereira, Yin Xiaoke, Rita Ramos).

Neste momento procederemos então ao relatório do nosso festival em si, começando por abordar os subprodutos em que cada elemento explicará individualmente a sua contribuição para cada subproduto, pois não faria sentido haver uma explicação colectiva neste ponto. De acrescentar ainda que naturalmente estarão aqui expressos alguns elementos considerados importantes para a hetero e auto-avaliação dos membros do grupo.

A maquete

Em relação à maquete, esta foi realizada por mim, e foi uma mais valia no dia do festival, permitindo que os visitantes tivessem uma noção de como o espaço se encontrava disposto logo que acedessem ao local.

Esta começou a ser realizada no início do 2º Período, sendo que durante esse tempo elaborei os esboços, fui ao local para tirar uma noção do espaço, das medidas, do número de pilares, da disposição das portas, entre outros elementos lá existentes. No final do 2º Período e restantes semanas do 3º Período antes do festival, procedi a elaboração da própria maquete em K-line, tendo que comprar todos os materiais desde o próprio K-line, cola própria para esferovite, X-actos, réguas, entre outros materiais. Devo confessar que não sendo uma licenciada em arquitectura foi-me dificultada a tarefa de elaborar uma maquete com uma visão tão profissional, acabando mesmo por me cortar várias vezes nas mãos devido a dificuldade e precisão que era necessária. Fiz o meu melhor e na minha opinião foi completamente visível e de fácil compreensão todo o local tornando-se um projecto viável a apresentar no dia do festival.

Inês Veladas

Os flyers

Relativamente aos flyers gostaria apenas de referir que, parecendo que não, deram muito trabalho a fazer. Primeiro que tudo pensei em fazer um flyer, só depois é que pensei que não sabia fazer um flyer. Foi então que iniciei uma pesquisa na internet sobre como usar de forma mais avançada um programa que uso frequentemente, ao nível de edição básica de fotografia, que é o GIMP – GNU Image Manipulating Program. Confesso que me irritei bastante com aquilo porque via as horas a passar, mas não via nenhum resultado! Entretanto, e muito lentamente, começaram a aparecer umas imagens e umas sombras com umas letras disformes que foram ganhando consistência até que, finalmente, apareceu uma espécie de flyer que fui editando aqui e ali, mudando a perspectiva de um lado, realçando a cor do outro, aumentando as letras do outro, fazendo esquadrias do outro para não ficar tudo torto, criando layers para sobrepor imagens e letras a fim de criar todos aqueles efeitos sombreados, redimensionando letras e imagens, cortando de um lado para pôr do outro, apagando e tentando disfarçar com outras ferramentas defeitos de imagem e do próprio flyer...enfim, só aquele programazinho é um mundo! De qualquer forma fiquei muito satisfeita com os resultados porque, apesar de ter sido a primeira vez que tentei fazer uma coisa mais séria, não me parece que tenha ficado nada mal, pelo contrário, era mesmo aquilo que eu tinha em mente. Ao todo elaborei oito flyers, um com o horário do festival e sete com a divulgação do festival, uma vez que nenhum dos que ia fazendo preenchia os meus requisitos. Desses sete flyers escolhi um que está exposto no blogue como o flyer mais funcional.

Sara Duarte

Site

Fazendo apenas uma breve descrição técnica do site gostaria de referir que este último tem sido construído procurando estabelecer uma ligação com algumas características indianas como a cor, os tipos de letra, as imagens e mesmo a simplicidade e ausência de matéria sobreposta que poderia levar a alguma ambiguidade na leitura dos textos. A página inicial foi construída com base nas cores da bandeira da Índia e pretende criar um ambiente apelativo, de fácil e rápida utilização pelos visitantes. O site está alojado em webs.com e foi elaborado em XHTML e CSS válidos o que quer dizer que funciona plenamente em todos os browsers que interpretem HTML de acordo com as regulamentações; ao nível da concepção e tratamento gráfico recorremos à utilização do GIMP (GNU Image Manipulation Program), um editor gráfico opensource usado para processar gráficos digitais e fotografias. Para além disso foi elaborado sem o uso de tabelas por questões de acessibilidade, sendo que o código do site está corrigido de acordo com um validador estrito da W3C (http://validator.w3.org) que é a entidade reguladora das linguagens utilizadas para web design. Secalhar teria sido mais fácil (e bem mais rápido!) criar um site automático ou construído a partir de templates, mas preferi a qualidade no nosso site daí ter criado o um código de raiz o que não torna a página pesada, como acontece com os sites “automáticos” pois , por estarem já feitos, têm coisas desnecessárias o que torna a página mais pesada porque é suposto ir de encontro a todas as necessidades possíveis que nem sempre são precisas. O que acontece é que, na prática, browsers diferentes podem e mostram a mesma página de formas bastante diferentes. Para evitar este tipo de problemas, a W3C regulamentou as linguagens de marcação, o que significa que se a minha página estiver válida de acordo com estas regulamentações, ela é apresentada correctamente e da mesma forma em todos os browsers. Se isto não acontecer então trata-se de um bug no browser, o que acontece frequentemente.

Em suma, gostei bastante de ter feito o site até porque só foi bom para mim, uma vez que a partir de agora posso construir outros sites para outros trabalhos e estar sempre a aperfeiçoar a técnica. A parte mais complicada de fazer foi a parte gráfica, pelas simples razão de que esta exige bastante criatividade e eu nunca tive muito jeito para esse tipo de coisas. Quanto ao resto foi apenas uma questão de ir fazendo a olhar para vários tutoriais que se encontram on-line na internet!

Sara Duarte

Blogue

O Blogue tem sido, como já referimos, uma mais valia para o projecto. Sem o blogue teria sido praticamente impossível a organização do trabalho, uma vez que sempre que tínhamos dúvidas sobre uma tarefa, uma actividade realizada ou por realizar, uma data, ou outro qualquer assunto relevante para o projecto consultávamos o blogue e lá estava tudo à distância de um click. Não precisámos de escrever à mão nem de andar com papel e dossiers atrás, o que foi óptimo. Para além disso, o blogue foi uma mais valia também no sentido de divulgar o projecto pois sempre que alguém pedia informação mais detalhada sobre o mesmo nós dávamos o endereço do blogue para que o pudessem consultar. Todas as pessoas ficaram bastante admiradas com o blogue e com a informação nele contida num sentido positivo, o que nos deixou também muito satisfeitas. Este blogue tem cerca de 67 mensagens subordinadas principalmente a temas de organização e gestão de eventos para que nada faltasse no dia do festival.

Sara Duarte

Documentário

O documentário foi mais um dos nossos subprodutos, mas não é da nossa autoria, isto é, não fomos nós que filmámos nem editámos os vídeos. De qualquer forma falámos com a pessoa que se responsabilizou de nos fazer isso gratuitamente (Ilya Mauter) e pedimos para pôr a dança, a música e as actividades de um modo geral tentando excluir aquela parte da dança em que um dos elementos do grupo (sara Duarte) ficou a meio e os pontos mortos como ligar e desligar som, pôr incenso, acender velas, etc. Pensamos que ficou um documentário bastante simples, mas muito divertido ao mesmo tempo, uma vez que tem muita música, dança, actividades com os alunos, discursos explicativos e outros pontos divertidos passados entre os dois elementos do grupo. Pelo menos serve como recordação!

Sara Duarte

O festival

Para fazermos o relatório do festival baseámo-nos na planificação do festival que está exposta no blogue no tópico “Nova versão do projecto - versão 5 (oficial)” e que foi toda realizada pelo elemento do grupo Sara Duarte. O festival realizou-se no dia 21 de Maio de 2009 com as seguintes actividades:

07:30h – 10:00h: Preparar o espaço, ou seja, dispor os artigos em cima das mesas, colocar os panos à volta das mesas, colocar as flores no chão e acender as velas, dispor as cadeiras e almofadas, dispor os instrumentos musicais, ligar o som, carrinho multimédia, acender os incensos e preparar o resto do ambiente de acordo com as indicações da decoração. (Ter o cuidado de deixar tudo preparado para a primeira e segunda actividade ao nível do carrinho multimédia e dos instrumentos musicais para tocarmos a fim de não perder mais tempo durante o festival, uma vez que já contamos com alguns eventuais atrasos). Durante este tempo foi precisamente isto que fizemos, tentando decorar o espaço para o festival com a ajuda de professores, colegas e outros membros convidados.

10:00h: Início das primeiras actividades do festival. Introdução ao festival da Índia feita por Sara Duarte, recepção dos alunos e professores, explicação do que é um bhajan e apresentação das pessoas que tocaram. Bhajan feito por Sara Duarte (mrdanga), Kalindi dd (harmonium) e Rupa Vilasa (karatalas).

Entretanto os músicos foram rodando pelo que eu tive que sair para me ir vestir e maquilhar no CREM com a Inês a maquilhar-me segundo as orientações da professora pois teria de ser uma maquilhagem propícia à dança, que ela não saberia à partida. Depois de estar maquilhada e de terminar a música em palco pedi a uma pessoa para ficar responsável pelo som e dancei. A primeira dança correu mal porque estava tão nervosa que nem tive qualquer expressão fácil ou mesmo corporal aspectos de máxima importância nestas danças, mas foi a única em que não me enganei na coreografia. Depois disto seguiu-se uma apresentação sobre o Food For Life – Alimentos para a Vida dada pelo responsável da associação, Fernando de Oliveira. Após a palestra segui-se um momento de Kirtan, que é também uma forma de yoga em que as pessoas cantam os mantras ao mesmo tempo que dançam ao som da música, em pé, sendo que esta actividade substituiu a da associação lusa de yoga que entretanto acabou por não comparecer dizendo que não tinha meios de transporte para chegar à escola - sem comentários... Enquanto estas actividades decorriam eu estava a tocar o instrumento - mrdangam – e a Inês estava a vender os bolinhos e os sumos bem como ainda se encarregou de dar chá às pessoas. Até aqui correu tudo bem, a música estava óptima, esforcei me ao máximo para não ficar sem braços a tocar aquilo, mas ao mesmo tempo para tentar fazer com que se ouvisse o som, a dança também se fez e pronto, ninguém percebeu que não havia expressão ou lá o que fosse, o Kirtan também foi um momento engraçado, o resto estava tudo controlado, a máquina a filmar, o homem a cuidar do som, as convidadas também ajudaram a Inês com as lojas lá atrás assegurando-se que nada desapareceria o que foi óptimos para nós. As pessoas estavam a gostar, houve até quem tivesse pedido mais quando o festival terminou e que perguntasse quando é que voltávamos a fazer um evento assim. Houve um grupo de miúdos que vieram ter connosco na rua a dar-nos os parabéns, pessoas que nunca tínhamos visto na vida também o fizeram e outras que até costumam ser bastante antipáticas mostraram-se bastante cordiais. Enfim, foi todo um conjunto de emoções neste dia entre choro e riso que não queremos esquecer. No final da primeira parte do festival, um dos elementos do grupo, Sara Duarte, fez os devidos agradecimentos e deu por encerrada a primeira parte do festival. Durante a hora de almoço fomos festejar e depois voltámos para recomeçar a segunda parte que também foi iniciada ao som de um bhajan feito por (Govinda Sundar, Purusottama e Kalindi) que entretanto terminou para dar lugar a uma palestra sobre a filosofia Vaisnava . Enquanto isto decorreu fomos chamar as turmas às salas e voltámos para o festival já com mais pessoas a fim destas poderem observar a actividade de que seguia que foi a dança da professora Ekanta Bhakti – Bharata Natyam – para a qual também li um texto introdutório. Penso que a dança foi das actividades que mais chamou a atenção das pessoas precisamente por ser tão apelativa e tão incrivelmente complexa. Foi por isso que decidi dançar mais uma vez, sendo que esta dança, apesar de ter sido a que estava mais bonita e bem feita ao nível da expressão corporal e facial, ficou a meio porque, com o sono com que eu estava só me apetecia era mesmo ir dormir! Já a segunda dança que também ocorreu de manhã correu melhor que a primeira, mas enganei-me ali um pouco na coreografia e não faço ideia de como é que consegui recuperar a parte perdida e continuar a dançar como se nada fosse.

Após esta minha última dança teve lugar mais um pouco de música, agradecimentos meus e do professor de Área de Projecto pelo que se encerrou de seguida o festival. A par das actividades em palco tínhamos outras actividades como exposição de artigos culturais e religiosos da Índia; banca com diversos artigos à venda como incenso, livros sobre a Índia e sobre espiritualidade, estátuas indianas, roupas, japa malas, kuntis, brincos, pulseiras, etc; exposição fotográfica subordinada ao tema "Um olhar sobre a Índia"; pintura de mãos com Heenna; vestir Saris, dhotis e kurtas; pinturas de flores na cara e corpo com cores vivas, naturais; exposição de pinturas em seda e distribuição de chá fresco e bolas doces pela audiência.

Em suma, adorámos fazer este projecto, foi sem dúvida o dia mais divertido que tivemos até hoje e esperamos que um dia mais tarde ainda nos possamos rir das quase agressões físicas que fizemos uma à outra, mas realmente foi fantástico, até porque consideramos que ultrapassámos em muito as expectativas iniciais para o festival.

Este projecto foi, então, a conclusão final do trabalho que houve ao longo do ano que sofreu várias alterações ao longo do ano principalmente ao nível do local da sua apresentação, sendo que haveria sempre a hipótese de não realizarmos o festival e apresentarmos um relatório como o que estamos a apresentar agora, mas fictício. Um dos elementos do grupo, Sara Duarte, discordou deste último ponto desde o início do ano, mas para o outro elemento do grupo, Inês Veladas, esse teria sido um meio mais viável de realizar o festival. Facto é que o realizámos desta forma e nem por isso estamos arrependidas. Apesar de tudo, valeu a pena.

(Informações mais detalhadas sobre todos os tópicos aqui mencionados estão no blogue, daí não termos repetido informação.)


Sara Duarte N° 20 12° 5ª
Inês Veladas N°9 12° 5ª
Área de Projecto 2008/2009

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigada por compartilharem dos seus conhecimentos com as pessoas. Está sendo muito útil para mim, em uma pesquisa da escola.
Att,

Maiara S.